EM FAMÍLIA: VAMOS CONVERSAR
NARRADOR:
Hoje estamos aqui reunidos para apresentar uma família, em especial a família
do Sr. Pedro e Dona. Rosa. Eles vão nos mostrar como ser família nos dias de
hoje, não que antigamente as famílias fossem tão diferentes das de hoje, mas
iremos aprender como conservar a nossa família sempre unida no amor de Deus,
mesmo com tantas dificuldades que enfrentamos no dia a dia.
Bem a
Família deste casal é composta de seis filhos, quatro meninas e dois meninos,
uma família um pouco grande para os dias de hoje, onde os casais têm dois ou no
máximo três filhos. Mas então vamos entrar na casa deste casal e aprender algo,
ou talvez ajuda-los em algo.
Inicia com o
casal conversando, pode ser na cozinha enquanto tomam café.
ROSA- Meu velho,
como é difícil fazer com que nossos filhos entendam que é importante o
respeito, a união à responsabilidade.
PEDRO- Eu
sei minha nega, também sinto isso, e acho que por causa do meu trabalho estou
meio ausente, tenho te deixado muitas vezes com tudo.
ROSA- É
verdade, às vezes me sinto muito só, e a carga é muito grande, e por mais que
peça a Deus que me guie em minhas atitudes, muitas vezes sei que me altero e
falo bobagens.
PEDRO- E eu
também faço isso, acho que temos que rezar mais, pedir o auxilio da família de
Nazaré.
OS DOIS SE
LEVANTAM E VÃO EM DIREÇÃO A PORTA.
NARRADOR- É
as coisas não estão nada bem para esta família, mas vamos ver se entendemos o porquê.
NO QUARTO
ESTÃO AS MENINAS CONVERSANDO;
PAULA FILHA
MAIS VELHA- Olha só gurias eu vou sair, mesmo que a mãe não deixe, não vou nem
avisar, e vocês bico calado.
NARA E ERICA
FICAM CONVERSANDO BAIXINHO, E ENTRA JOSÉ.
JOSÉ- Olha
aqui Paula se tu sair eu te entrego tá?
PAULA- Pode
parar porque tu também tens o rabo preso comigo, então me deixa seu chato.
NARRADOR- A
noite chega e a família está reunida pra jantar.
PEDRO E
ROSA- Vamos fazer uma oração para agradecer este alimento.
NARRADOR-
Todos de pé ficam em oração, mas é claro que alguns estão desconfortáveis, mas
mesmo assim rezam juntos. Jantam e conversam pouco, durante a janta, pois Pedro
e Rosa são do tempo em que os pais falam e os filhos ouvem infelizmente hoje em
dia isto não da muito certo, eles vão ter que mudar.
Paula após a
janta consegue fugir pela janela e sai com alguns amigos.
PAULA- Vamos
lá galera, eu quero é me divertir, porque lá em casa tá um saco, é só reza e a
gente não consegue falar nada, o que o pai e mãe falam é ordem, a gente não
pode nem se manifestar. O que adianta ir à igreja e depois em casa fazer tudo
errado.
BÁRBARA
AMIGA DE PAULA- Olha só amiga lá em casa não é muito diferente, por isso que
fico mais na rua, é bem mais legal ninguém te cobra nada.
RENATO-
Vamos lá gente, vamos nos juntar aquele grupo, soube que chegou algo novo pra
gente experimentar, vamos lá.
NARRADOR- É
infelizmente é bem assim, os jovens procuram na rua o que não encontram em
casa, sei que não é desculpa, mas é o que acontece sempre. A falta de diálogo,
pais sem tempo de sentar e conversar, trocar ideias, tirar dúvidas, medos,
enfim conversar. Mas vamos dar continuidade a nossa história.
Nara e Érica
estão no quarto conversando.
NARA- eu
fico pensando porque a mãe e o pai, são tão distantes da gente, não dá pra
perguntar nada parece que estão sempre bravos conosco.
ÉRICA- É
verdade, tenho vontade de contar muitas coisas pra mãe, mas tenho medo da sua
reação, pois pra ela tudo é errado, parece que nós é que somos culpadas das
coisas erradas que acontecem.
NARA- É eu
também tenho vontade de falar com ela, mas sei que não vai dar, acho que é por
isso que a Paula é tão revoltada, pois a mãe só sabe bater nela.
NARRADOR- É
gente o clima neste lar não está dos melhores, sem diálogo, coisas acontecem, e
os pais não ficam sabendo, aí começa as mágoas. Mas continuando....
Na rua os
jovens começam a bagunça, gritaria, bebidas, drogas rolam a vontade entre
outras coisas...
PAULA E SEUS
AMIGOS
RENATO-Vem
Paula vou te mostrar algo que vais gostar, anda vem.
PAULA- Só um
pouco já vou, espera, vem bárbara vamos junto.
RENATO-
Espera aí, eu convidei você, a Bárbara não.
PAULA- Se
ela não for eu não vou.
RENATO- Tá
bom vem as duas, vem anda...
NARRADOR- E
assim começa, vem às drogas, álcool, prostituição, vira tudo de ponta cabeça, e
enquanto isso os pais ficam em sua casa, muitas vezes se lamentando ou brigando,
excluindo, mandando embora de casa. E aí como fica?
PEDRO E ROSA
ESTÃO NA SALA, ESTÃO REZANDO O TERÇO.
NARRADOR-
Também a pais que rezam, vão à missa, servem a comunidade cristã, mas muitas
vezes o problema está dentro de suas casas, por quê? Porque se somos
verdadeiros cristãos, devemos começar a fazer algo dentro de nossos lares, ver
o que pode ser mudado, ver no que eu posso melhorar, é claro de devemos
continuar rezando, pedindo por um mundo melhor, mas isso só acontecerá se começarmos a entender nossos
filhos, conversar com eles, trocar ideias, sim trocar ideias porque não, pois
eles tem muito a nos ensinar, como nós temos a ensiná-los, é uma troca de
ideias.
Desculpe
acho que me emocionei, vamos voltar ao lar de Pedro e Rosa. Enquanto o casal reza
chega José e fala, todo alterado.
JOSÉ- Poxa
pai enquanto vocês ficam aí rezando a Paulo está lá fazendo tudo de errado com
a turma dela enquanto Nara e a Érica ficam se lamentando pelos cantos, olha
pai, olha mãe algo tem que mudar, temos que chegar a um consenso.
Sr. PEDRO- É
meu filho, sei que as coisas mudaram muito, os tempos são outros, e nós eu e
tua mãe estamos um pouco perdidos com todas estas mudanças.
Sr.ª
ROSA- Enquanto eu rezava, pude refletir
o meu modo de agir com todos vocês, fale a seus irmãos que estamos esperando
por todos aqui na sala. Vá chama-los, por favor, meu filho.
NARRADOR-
José foi chamar os irmãos, bem Érica e Nara foi tranquilo, quanto a Paulo, bem
foi um pouco difícil, vamos ver como foi...
JOSÉ- Paulaaaaaaaaaaaaaa, vem aqui o pai e a mãe
querem falar com a gente.
PAULA- Que
coisa a gente não pode mais nem conversar com os amigos, que droga. Espera aí
gente vou lá dentro ver o que aqueles chatos querem, saco!!!
NARRADOR- O
povo entra uma a um, foram se sentando, Érica e Nara com certo receio, pois
sempre mantinham certa distância dos pais, não sei se por respeito ou medo,
todos estão sentados.
Sr. PEDRO-
Bem meus filhos sabem que as coisas não estão nada bem aqui em casa, por isso
pedi para nos reunirmos e ver no que podemos nos ajudar o que pode ser mudado.
Sr.ª ROSA- É
eu sei que muitas vezes vocês não concordam com o modo que agimos, mas é por
isso que estamos aqui reunidos, para ver o que podemos melhorar, estamos
pedindo a ajuda de vocês, sim de todos vocês.
PAULA- Ah!
Agora é assim, pedindo ajuda, que estranho né mãe, porque vocês nem se quer
falam com a gente, é só ordem e ordem, não podemos questionar nada.
JOSÉ- Pera
aí Paula não é bem assim.
PAULA- Cala
a boca, tu és um puxa saco mesmo, eu estou cheia de tudo isso.
NARRADOR-
Érica e Nara começam a chorar, e Nara grita.
NARA- Por
favor, parem com isso, não adianta nada essa discussão de quem está certo ou
errado, mas sim devemos encontrara uma saída para que a nossa família se
entenda.
ÉRICA- É
isso mesmo, eu também quero que as coisas mudem, pois acho que você pai é muito
distante e você mãe só sabe xingar a gente, não demonstra um carinho.
NARRADOR- É
nesta hora que as coisas acontecem, o que estava guardado lá no fundo do
coração vem à tona, e nada melhor que uma reunião de família para que tudo seja
esclarecido.
SR. PEDRO-
Bem meus filhos sabem que eu e sua mãe erramos muito, mas quero dizer uma
coisa, nunca, mas nunca pensem que não amamos vocês, é por amar demais que
queremos que vocês trilhem o caminho do bem.
Sr.ª ROSA-
Nós não sabemos tudo, aliás, nós não sabemos nada, mas uma coisa temos certeza
se estamos aqui reunidos e decididos a mudar, esta mudança tem uma única
explicação, a oração que fazemos todos os dias.
NARRADOR-
ORAÇÃO- REZAR- PEDIR- AGRADECER- SE
DOAR- DIVIDIR- RETRIBUIR, enfim são tantas as palavras, tantas as ações que
envolve uma oração, que é nada mais que agradecer a Deus todos os dias por mais
uma chance! Neste momento os filhos se unem ao casal e se abraçam.
Há muitas
desculpas, muito choro, há também uma clamaria pairando sobre este lar, é claro
que virão outros problemas, mas haverá também outras reuniões.
E eu como o
narrador deste teatro lhes digo que a é na família que encontramos conforto,
ela é o nosso porto seguro, por isso não alimentem mágoas, amem-se uns aos
outros, perdoem, sejam verdadeiramente irmãos, sejam amigos, saibam dividir,
partilhar, saibam perdoar.
Aos pais, eu
digo amem seus filhos conversem com eles, saibam o que eles estão fazendo,
compartilhem de suas histórias, sorriam, brinquem com eles, mas também se
precisar chamem a sua atenção, digam não se precisar.
Dirce Elisabete Fernandes ( Catequista e Educadora)
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