sexta-feira, 13 de junho de 2014

TEATRO EM FAMÍLIA VAMOS CONVERSAR

EM FAMÍLIA: VAMOS CONVERSAR

NARRADOR: Hoje estamos aqui reunidos para apresentar uma família, em especial a família do Sr. Pedro e Dona. Rosa. Eles vão nos mostrar como ser família nos dias de hoje, não que antigamente as famílias fossem tão diferentes das de hoje, mas iremos aprender como conservar a nossa família sempre unida no amor de Deus, mesmo com tantas dificuldades que enfrentamos no dia a dia.
Bem a Família deste casal é composta de seis filhos, quatro meninas e dois meninos, uma família um pouco grande para os dias de hoje, onde os casais têm dois ou no máximo três filhos. Mas então vamos entrar na casa deste casal e aprender algo, ou talvez ajuda-los em algo.

Inicia com o casal conversando, pode ser na cozinha enquanto tomam café.

ROSA- Meu velho, como é difícil fazer com que nossos filhos entendam que é importante o respeito, a união à responsabilidade.

PEDRO- Eu sei minha nega, também sinto isso, e acho que por causa do meu trabalho estou meio ausente, tenho te deixado muitas vezes com tudo.

ROSA- É verdade, às vezes me sinto muito só, e a carga é muito grande, e por mais que peça a Deus que me guie em minhas atitudes, muitas vezes sei que me altero e falo bobagens.

PEDRO- E eu também faço isso, acho que temos que rezar mais, pedir o auxilio da família de Nazaré.

OS DOIS SE LEVANTAM E VÃO EM DIREÇÃO A PORTA.

NARRADOR- É as coisas não estão nada bem para esta família, mas vamos ver se entendemos o porquê.

NO QUARTO ESTÃO AS MENINAS CONVERSANDO;

PAULA FILHA MAIS VELHA- Olha só gurias eu vou sair, mesmo que a mãe não deixe, não vou nem avisar, e vocês bico calado.

NARA E ERICA FICAM CONVERSANDO BAIXINHO, E ENTRA JOSÉ.

JOSÉ- Olha aqui Paula se tu sair eu te entrego tá?

PAULA- Pode parar porque tu também tens o rabo preso comigo, então me deixa seu chato.

NARRADOR- A noite chega e a família está reunida pra jantar.

PEDRO E ROSA- Vamos fazer uma oração para agradecer este alimento.

NARRADOR- Todos de pé ficam em oração, mas é claro que alguns estão desconfortáveis, mas mesmo assim rezam juntos. Jantam e conversam pouco, durante a janta, pois Pedro e Rosa são do tempo em que os pais falam e os filhos ouvem infelizmente hoje em dia isto não da muito certo, eles vão ter que mudar.
Paula após a janta consegue fugir pela janela e sai com alguns amigos.

PAULA- Vamos lá galera, eu quero é me divertir, porque lá em casa tá um saco, é só reza e a gente não consegue falar nada, o que o pai e mãe falam é ordem, a gente não pode nem se manifestar. O que adianta ir à igreja e depois em casa fazer tudo errado.

BÁRBARA AMIGA DE PAULA- Olha só amiga lá em casa não é muito diferente, por isso que fico mais na rua, é bem mais legal ninguém te cobra nada.
RENATO- Vamos lá gente, vamos nos juntar aquele grupo, soube que chegou algo novo pra gente experimentar, vamos lá.
NARRADOR- É infelizmente é bem assim, os jovens procuram na rua o que não encontram em casa, sei que não é desculpa, mas é o que acontece sempre. A falta de diálogo, pais sem tempo de sentar e conversar, trocar ideias, tirar dúvidas, medos, enfim conversar. Mas vamos dar continuidade a nossa história.

Nara e Érica estão no quarto conversando.

NARA- eu fico pensando porque a mãe e o pai, são tão distantes da gente, não dá pra perguntar nada parece que estão sempre bravos conosco.

ÉRICA- É verdade, tenho vontade de contar muitas coisas pra mãe, mas tenho medo da sua reação, pois pra ela tudo é errado, parece que nós é que somos culpadas das coisas erradas que acontecem.

NARA- É eu também tenho vontade de falar com ela, mas sei que não vai dar, acho que é por isso que a Paula é tão revoltada, pois a mãe só sabe bater nela.

NARRADOR- É gente o clima neste lar não está dos melhores, sem diálogo, coisas acontecem, e os pais não ficam sabendo, aí começa as mágoas. Mas continuando....
Na rua os jovens começam a bagunça, gritaria, bebidas, drogas rolam a vontade entre outras coisas...

PAULA E SEUS AMIGOS

RENATO-Vem Paula vou te mostrar algo que vais gostar, anda vem.

PAULA- Só um pouco já vou, espera, vem bárbara vamos junto.

RENATO- Espera aí, eu convidei você, a Bárbara não.

PAULA- Se ela não for eu não vou.

RENATO- Tá bom vem as duas, vem anda...

NARRADOR- E assim começa, vem às drogas, álcool, prostituição, vira tudo de ponta cabeça, e enquanto isso os pais ficam em sua casa, muitas vezes se lamentando ou brigando, excluindo, mandando embora de casa. E aí como fica?

PEDRO E ROSA ESTÃO NA SALA, ESTÃO REZANDO O TERÇO.

NARRADOR- Também a pais que rezam, vão à missa, servem a comunidade cristã, mas muitas vezes o problema está dentro de suas casas, por quê? Porque se somos verdadeiros cristãos, devemos começar a fazer algo dentro de nossos lares, ver o que pode ser mudado, ver no que eu posso melhorar, é claro de devemos continuar rezando, pedindo por um mundo melhor, mas isso  só acontecerá se começarmos a entender nossos filhos, conversar com eles, trocar ideias, sim trocar ideias porque não, pois eles tem muito a nos ensinar, como nós temos a ensiná-los, é uma troca de ideias. 
Desculpe acho que me emocionei, vamos voltar ao lar de Pedro e Rosa. Enquanto o casal reza chega José e fala, todo alterado.

JOSÉ- Poxa pai enquanto vocês ficam aí rezando a Paulo está lá fazendo tudo de errado com a turma dela enquanto Nara e a Érica ficam se lamentando pelos cantos, olha pai, olha mãe algo tem que mudar, temos que chegar a um consenso.

Sr. PEDRO- É meu filho, sei que as coisas mudaram muito, os tempos são outros, e nós eu e tua mãe estamos um pouco perdidos com todas estas mudanças.

Sr.ª ROSA-  Enquanto eu rezava, pude refletir o meu modo de agir com todos vocês, fale a seus irmãos que estamos esperando por todos aqui na sala. Vá chama-los, por favor, meu filho.
NARRADOR- José foi chamar os irmãos, bem Érica e Nara foi tranquilo, quanto a Paulo, bem foi um pouco difícil, vamos ver como foi...

JOSÉ-  Paulaaaaaaaaaaaaaa, vem aqui o pai e a mãe querem falar com a gente.

PAULA- Que coisa a gente não pode mais nem conversar com os amigos, que droga. Espera aí gente vou lá dentro ver o que aqueles chatos querem, saco!!!

NARRADOR- O povo entra uma a um, foram se sentando, Érica e Nara com certo receio, pois sempre mantinham certa distância dos pais, não sei se por respeito ou medo, todos estão sentados.

Sr. PEDRO- Bem meus filhos sabem que as coisas não estão nada bem aqui em casa, por isso pedi para nos reunirmos e ver no que podemos nos ajudar o que pode ser mudado.

Sr.ª ROSA- É eu sei que muitas vezes vocês não concordam com o modo que agimos, mas é por isso que estamos aqui reunidos, para ver o que podemos melhorar, estamos pedindo a ajuda de vocês, sim de todos vocês.

PAULA- Ah! Agora é assim, pedindo ajuda, que estranho né mãe, porque vocês nem se quer falam com a gente, é só ordem e ordem, não podemos questionar nada.

JOSÉ- Pera aí Paula não é bem assim.

PAULA- Cala a boca, tu és um puxa saco mesmo, eu estou cheia de tudo isso.

NARRADOR- Érica e Nara começam a chorar, e Nara grita.

NARA- Por favor, parem com isso, não adianta nada essa discussão de quem está certo ou errado, mas sim devemos encontrara uma saída para que a nossa família se entenda.

ÉRICA- É isso mesmo, eu também quero que as coisas mudem, pois acho que você pai é muito distante e você mãe só sabe xingar a gente, não demonstra um carinho.

NARRADOR- É nesta hora que as coisas acontecem, o que estava guardado lá no fundo do coração vem à tona, e nada melhor que uma reunião de família para que tudo seja esclarecido.

SR. PEDRO- Bem meus filhos sabem que eu e sua mãe erramos muito, mas quero dizer uma coisa, nunca, mas nunca pensem que não amamos vocês, é por amar demais que queremos que vocês trilhem o caminho do bem.

Sr.ª ROSA- Nós não sabemos tudo, aliás, nós não sabemos nada, mas uma coisa temos certeza se estamos aqui reunidos e decididos a mudar, esta mudança tem uma única explicação, a oração que fazemos todos os dias.

NARRADOR- ORAÇÃO-  REZAR- PEDIR- AGRADECER- SE DOAR- DIVIDIR- RETRIBUIR, enfim são tantas as palavras, tantas as ações que envolve uma oração, que é nada mais que agradecer a Deus todos os dias por mais uma chance! Neste momento os filhos se unem ao casal e se abraçam.
Há muitas desculpas, muito choro, há também uma clamaria pairando sobre este lar, é claro que virão outros problemas, mas haverá também outras reuniões.
E eu como o narrador deste teatro lhes digo que a é na família que encontramos conforto, ela é o nosso porto seguro, por isso não alimentem mágoas, amem-se uns aos outros, perdoem, sejam verdadeiramente irmãos, sejam amigos, saibam dividir, partilhar, saibam perdoar.
Aos pais, eu digo amem seus filhos conversem com eles, saibam o que eles estão fazendo, compartilhem de suas histórias, sorriam, brinquem com eles, mas também se precisar chamem a sua atenção, digam não se precisar.


Dirce Elisabete Fernandes ( Catequista e Educadora)







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