sexta-feira, 14 de agosto de 2020

TEATRO UNIÃO

 UNIÃO



NARRADORUnião será que todos entendem o que esta palavra significa?



JOSÉAh! Acho que é estar de bem com a família e amigos, pois é com eles que me preocupo e procuro estar numa boa.



NARRADORHum Não é bem isso não, é claro que devemos estar de bem com quem está a nossa volta, mas e os outros ao nosso redor, sim porque não é só eu, não é só vizinhos amigos, é um monte de gente a nossa volta.



EM UMA PARADA DE ônibus…



MARIA-Vocês viram se já passou o 26?



LURDES-Olha aqui minha filha eu não estou aqui pra cuidar ônibus para ninguém viu.



MARIA- Poxa o que custa dizer.



LURDESMas que coisa chata, chata, chatinha. Pergunte aquele velho que está mais a frente.



MARIA-Oi Sr. poderia me dizer se o 26 já passou?



PAULO- Já passou faz uns cinco minutos.



NARRADOR-Maria sai toda irritada nem agradece a informação sai xingando, não sei se o ônibus ou o Sr. que lhe deu a informação. E a parada de ônibus começa a encher.



LURDES-Agora começa o fura fila, essa gente toda vai querer entrar uns por cima dos outros.



COBRADOR JORGE-

Calma minha gente eu sei que não tem lugar pra todos, mas por favor respeitem e de o lugar aos idosos, grávidas e quem está carregando criança.



LURDES-É nem sei se tá grávida mesmo ou sem tem só pano nesta barriga.



VENDEDOR PASSA GRITANDO- Olha a bala de goma, chicle, pirulito..



FILHOS DE LURDES-OhMãe compra, por favor a gente promete que vai se comportar.



LURDESEu já falei, não tenho dinheiro, só o da passagem, e chega de chora mingos. Sai daqui seu chato vai vender pra outro lado, vai inferno.



VENDEDOR – Desculpe dona mais to trabalhando.



PAULO- Por favor moço que preço as balas de goma?



VENDEDOR- 3 por cinco.



PAULO- Me de três.



VENDEDOR- Obrigado Sr.



NARRADOR- O Sr. vai até senhora Lurdes e pergunta a ela, posso dar aos meninos?



LURDES- Lá vem esse velho incherido. Assim o Sr. acostuma mal meus meninos, porque nem sempre vai ter um pra dar balas pra eles.



PAULO- Olha minha senhora se esta fosse toda a preocupação do mundo, estaríamos perdidos.

O problema é que só olhamos pro nosso umbigo, só nos preocupamos conosco e quem está sempre conosco.



NARRADOR- Mas estamos chegando em um tempo de reflexão, perdão, partilha. Será que alguém tem consciência disto, e mais uma coisa neste mês de Dezembro há um aniversariante muito importante e querido. Está chegando um grupo



RODRIGO, MARIANA E LUIZ



RODRIGO- Olá pessoal estamos aqui para fazer um convite.



MARIANA- Um convite muito especial.



LUIZ- Isto mesmo, ouçam o que o rodrigo falará.



RODRIGO- Na primeira semana de Dezembro, na praça que fica em frente da igreja matriz, acontecerá todas as noites as 19hs um acontecimento.



MARIANA- Sim serão 5 noites de apresentações;



LUIZ- E vocês estão convidados, tragam quem quiser pois é livre.



NARRADOR- Todos que estavam naquela parada ficaram curiosos.



LURDES- O que será, não sei de nada só sei que vou, será que vão distribuir algo?



MARIA- Hum vou também, sou muito curiosa.



PAULO- Imagino que vai acontecer algo de interessante, pois este mês de Dezembro é muito especial.



NARRADOR- Estamos na primeira semana de Dezembro, espera aí!  um grupo chegando com mesas presentes cadeiras, todos muito bem-arrumados.

Há pessoas caminhando de um lado a outro, cada um traz um presente, vejo que no meio de seu caminhar há uma pessoa tentando ser notada, mas parece ser invisível, pois ninguém a nota, chegam a bater nela passando correndo.



BÁRBARA- Nossa eu tenho tanta coisa pra fazer, acho que não vai dar tempo, e ainda tenho que comprar os presentes das crianças.



NARRADOR- Esta passa bem ao lado da pessoa que tenta ser notada, mas nada.



LURDES- Vamos lá crianças. Vai que um daqueles presentes é pra nós.



BEATRIZ- Nossa como estou atrasada, tem os presentes, o peru, ainda não fiz a faxina de fim de ano. Este ano me atrasei por demais.



NARRADOR- E assim foi indo, o homem andando de um lado a outro, na esperança de ser notado. E as pessoas muito nervosas, andando de um lado a outro.



RODRIGO- Estamos perto do Natal, alguém poderia me dizer de quem é o Natal?



LURDES- Pra mim é o papai noel, pois nas lojas nos shoppings só dá ele. As crianças enlouquecem, e os pais então!



TODOS- É sim concordamos, de quem mais poderia ser.



NARRADOR- Vamos prestar atenção no povo que está lá na frente, talvez possamos chegar a uma conclusão.



PAULO- Bem no meu entender, e pelos ensinamentos que tive, há um aniversariante muito importante pra nós.



PAPAI NOEL- Mas é lógico, é Jesus que vai nascer, é seu aniversário. Eu.. Eu.. Sou só um homem, ser papai noel é mágico, mas este mês pertence a Jesus.



NARRADOR- E a maioria das pessoas só pensam, nas compras, comprar cortinas, pintar a casa, ver os presentes de cada membro da família, aí se esquecem do principal, o aniversariante!

Olha só como discutem, brigam entre si, por uma caixa, por uma TV, entre outras coisas mais. Rodrigo e seus companheiros convidam o povo que está assistindo a tudo aquilo que venham pra frente e juntem-se a eles.



LUIZ- Gente Natal não é só hoje, mas sim todos os dias de nossas vidas, pois quando faço algo de bom, Jesus nasce em minha vida.



RODRIGO- Quando partilho, quando ajudo, quando amo , quando perdoo, Jesus nasce novamente em meu coração.



PAULO- É isso mesmo devemos fazer deste dia um dia pleno de alegria. De amor, confraternização, união, doação.



NARRADOR- Todos ficam em silêncio, a pensar, aí acontece milagre, do dar, do dividir, e do lembrar, lembrar o que?



BÁRBARA- Lembrar o que devemos fazer, onde podemos ajudar, onde posso melhorar, e eu sei que tenho que melhorar muito.



NARRADOR- É isso mesmo, há! Mais uma coisa, sabem aquele cara que anda pra lá e pra cá tentando ser notado, alguém arrisca me dizer quem é?

AMANDA - Eu sei, eu sei, está representado Jesus. E as pessoas que passam por ele, sem notá-lo somos nós, o povo.



NARRADOR- E quantas vezes o excluímos de nossas vidas, sim é isso mesmo, eu excluo jesus, quando julgo, quando não partilho, quando discrimino, quando não amo, quando nego ajuda a um irmão.



RODRIGO- Agora vamos até ele, é a hora do braço, da união, do entendimento, do acolhimento e da entrega dos presentes ao verdadeiroaniversariante.



NARRADOR- É mais um Natal , mais um encontro, aproveitemos este dia especial, papai noel quer falar algo?



PAPAI NOEL- É tudo isso que você falou, eu sou só um homem, e também guardei um presente para Jesus.



NARRADOR- E o presente que Jesus tanto quer, nada mais é, que sejamos um só povo, unido, que cuidem uns dos outros, amparem os idosos, os que não tem um lar, que não tem um prato de comida, que estão nas drogas, sejamos verdadeiros evangelhos vivos. FELIZ NATAL





(Dirce Elisabete Fernandes)












TEATRO O FILHO PRÓDIGO

 O FILHO PRÓDIGO



Nos dias de hoje, vemos muita destruição nas famílias, separação, drogas, roubos mortes…

Vou lhes contar um pequeno relato que ainda acontece nas famílias, bem o que vamos encenar agora, é uma das muitas parábolas que Jesus contava a seus discípulos, mas vamos encená-la como se acontecesse nos dias atuais.

Em uma casa muito bonita, morava o sr. Paulo e seus dois filhos, João e Luiz, uma família muito trabalhadora, tinham muitos bens, vários empregados .

Um dia João o filho mais novo resolveu pedir algo ao pai.



JOÃO- Pai, quero viajar, conhecer o mundo, e para isto preciso da minha parte da herança.



PAULO- Meu filho saiba que o que é meu, também é teu e de teu irmão, mas tens certeza que queres mesmo sair pelo mundo?



JOÃO- Quero sim pai, preciso saber o que tem lá fora, quero trabalhar, conhecer pessoas novas, fazer amizades…



PAULO- Certo filho, então vou dividir os bens entre você e seu irmão, mas tome cuidado filho, porque aí fora não é fácil não.



JOÃO- Pode deixar pai, eu sei me cuidar.



NARRADOR- Passou-se muito tempo, o sr. Paulo não tinha nenhuma notícia de João, mas ele não desanimava, pedia sempre em suas orações que o Senhor o protegesse. Enquanto isso Luiz seu filho mais velho o ajudava na lida cuidando dos bens da família.

O tempo foi passando.....Em um lugar bem distante da cidade onde morava o sr. Paulo está acontecendo algo.

Esperem um pouco, tem uma pessoa deitada ali no chão, vou chegar mais perto, ei você o que está fazendo aí deitado no chão, não está passando bem?



JOÃO- Não estou muito bem, quero voltar pra minha casa, mas estou com muita vergonha, pois perdi tudo oque ganhei de meu pai.



NARRADOR- Mas do que você está falando?



JOÃO- Faz muito tempo que saí de casa, queria conhecer o mundo, e para isto meu pai, deu-me a parte da herança que me pertencia, e olha o que fiz com ela?



NARRADOR- O que você fez?



JOÃO- Coloquei tudo fora, não soube aproveitar a minha liberdade, esqueci os conselhos de meu pai, usei drogas, me prostituí, roubei, e agora estou aqui, sem ter coragem de voltar pra minha casa, o que faço?



NARRADOR- Olha João, eu não tenho só um filho, tenho muitos, e com certeza o seu pai, deve estar rezando todos os dias, e pedindo a Deus que o devolva a seu lar, você duvida disto?



João- Não, não duvido, vou voltar pedir perdão a meu pai, e dizer que errei e que fui imaturo e irresponsável.



NARRADOR- É isso aí João, coragem, volte pra sua casa. Enquanto isso, lá na casa do sr. Paulo, era uma tristeza de dar dó, o sr. Paulo ficava em sua varanda olhando pra ver se avistava o filho voltando, todos os dias ele olhava, na esperança que vê-lo regressar.

Então em uma manhã de sol, o sr. Paulo depois de tomar seu café, foi pra sua varanda e sentou-se e como de costume ficou a olhar lá no horizonte e pra sua surpresa viu alguém se aproximando.



Paulo- Hum…Hum… parece que alguém vem lá, mas quem será! Não estou conhecendo.



NARRADORConforme o rapaz ia se aproximando, o sr. Paulo ia mudando suas feições, primeiro de assustado, espantoMeu Deus é meu filho João!



JOÃO -Paipeço perdãosaí pelo mundo, aproveitei de tudo um pouco, errei muito em não te ouvir, queria tudo e perdi tudo, pai te peço pra voltar pra casa, sei que não tenho direito a nada, mas só quero ficar junto a ti e com meu irmão.



PAULOFilho tudo que é meu é teu, eu nunca desisti de ti, sempre pedi a Deus que o trouxesse de volta pois aqui é teu lugar, vamos entrar e festejar, pois hoje você renasceu, meu filho amado.



NARRADOREnquanto isso, o filho mais velho Luiz, fica sabendo que joão voltou e que o pai fará uma festa para o filho, vai até o pai e fala.



LUIZComo podes fazer uma festa pro João, poxa pai, ele botou tudo fora, só fez besteira e tu o tratas como um príncipe, eu estou aqui contigo todos os dias, e nunca fizeste nada para mim, eu não entendo.



PAULOFilho, tu estavas sempre comigo, se quisesses fazer algo, era só fazer, mas teu irmão estava morto e voltou a vida, como é que não vou festejar! Todos nós devemos festejar eu tu e ele, e devemos ficar unidos para que isto nunca mais aconteça. Pois eu amo vocês dois e morreria se os perdesse para o mundo.



Narrador - Esta é a história de um menino que se perdeu, mas ele se encontrou, é claro que muitas vezes eles se perdem e não voltam mais, e isto é muito triste, por isso pais, amém seus filhos, e saibam dizer não, pois esta palavra machuca na hora, mas mais tarde eles agradecerão.

Filhos amém seus pais, obedeçam, é claro que em algumas vezes erramos, mas não sabemos tudo, mas com certeza o fazemos tentando acertar. Erramos algumas vezes mas não temos uma bola de cristal. Mas saibam de uma coisa tudo o que fazemos é para o seu bem.



Dirce Elisabete Fernandes (Catequista Educadora e mãe)